Calor, temperatura, frio, quente são palavrinhas muito comuns em nosso dia a dia. Belo Horizonte tem apresentado temperaturas baixíssimas, recorde do frio em nossa cidade diante do inverno. Muita gente acha que calor e temperatura é a mesma coisa, será? Você já parou para refletir sobre isso?

Em um dia de baixas temperaturas, quem já não falou ou ouviu a frase: é melhor fechar as janelas para o frio não entrar. Do ponto de vista da Física, essa frase está correta?

MITO: na verdade o frio não irá entrar na casa e sim, o calor que poderá sair se as janelas permanecerem abertas.

Cientificamente explicando, o termo calor está relacionado com a energia em movimento. Para a física o calor é energia em trânsito que flui de um corpo para outro.

Nós, seres humanos, temos uma temperatura corporal média de 36,5º C. Somos seres endotérmicos, isso significa que utilizamos o calor gerado internamente, pelas reações químicas que acontecem em nossas células, para manter a temperatura corporal constante, independentemente do ambiente. Portanto, um dia em que a temperatura do ambiente estiver menor do que 36º C iremos ter uma sensação de “frio”, mas na verdade, perderemos calor para o ambiente. Para que a temperatura do nosso corpo permaneça, o nosso organismo tem que repor a energia liberada na forma de calor. É por isso que no inverno sentimos mais fome do que no verão e temos vontade de comer alimentos mais calóricos como chocolates, feijoadas, carnes gordas etc.

Quantos de nós já não ouvimos das mães: Menina (o) veste a blusa de frio para se esquentar! O agasalho tem a função de nos aquecer?

MITO: o agasalho é um isolante térmico, ou seja, dificulta a troca de calor do corpo com o ambiente.

Em diferentes temperaturas como o corpo humano reage?

Quando a temperatura ambiental diminui drasticamente, a temperatura corporal também pode diminuir é o que chamamos de hipotermia. Em resposta a essa queda da temperatura, o nosso corpo emite sinais para mantê-la em equilíbrio. Os principais são:

  • tremores: são ações involuntárias dos nossos músculos para produzir calor;
  • piloereção: é oeriçamento dos pelos para diminuir a perda de calor;
  • vasoconstrição: diminuição do calibre dos vasos sanguíneos, diminuindo a perda do calor.

Por outro lado, quando a temperatura corporal aumenta, esse processo é chamado de hipertermia. Com isso o corpo também reage para se proteger, realizando a:

  • vasodilatação: aumento do calibre dos vasos sanguíneos promovendo que uma maior quantidade de sangue passe a circular na pele, levando ao aumento da irradiação de calor para o meio, o que faz o corpo esfriar;
  • evaporação: remoção do calor por meio da liberação de suor. Este é um mecanismo de resfriamento.

Já a temperatura, para a Física, está associada ao estado de vibração das partículas. Quando essas partículas estão mais agitadas, dizemos que a temperatura delas está elevada. Se o grau de agitação for baixo, dizemos que a temperatura está baixa.

Professores e cientistas seguem na luta diária, desmitificando os mitos e desconstruindo o senso comum. Todos os corpos são formados de partículas. Elas se comportam de maneira bem interessante quando a energia passa por elas. E é a partir da forma, como a energia passa por elas, que nosso conceito de temperatura se constrói e se faz válido.

Como o calor caminha de um corpo para outro? Que critério utiliza? Então, o calor flui do corpo de maior temperatura para o de menor temperatura, na busca incessante pelo Equilíbrio Térmico que só é atingido quando os elementos envolvidos chegam à mesma temperatura final. Quando todos os corpos estão na mesma temperatura, não ocorre mais fluxo ou troca de calor.

O calor e a temperatura são conceitos fundamentais e importantes que se aplicam na nossa vida, tão incisivamente, que nem notamos. Mas a partir de agora, você não vai mais dizer que são as mesmas coisas, não é mesmo?

Mitos e verdades em relação a febre

A temperatura do corpo humano é controlada por uma área do cérebro chamada hipotálamo, que age como um termostato ajustado para manter os órgãos internos a 36,5℃. Quando o organismo é agredido por um agente externo ou por uma doença que acomete os órgãos internos, o termostato pode elevar a temperatura dois ou três graus acima dos valores habituais, o que caracteriza a febre.

Conhecer mitos e verdades sobre a febre é essencial para saber quais são as melhores medidas a tomar, a fim de manter o bem-estar do paciente e descobrir o que está causando a ele esse sintoma.

Na falta do termômetro, é possível medir a febre colocando a mão na testa.

Mito: embora a “medição da temperatura”, por meio do toque na testa, seja um método muito comum, ele não é nem um pouco preciso e pode levar a muitos enganos. O uso do termômetro é indispensável para medir a febre com precisão.

Se a pessoa que estiver tentando verificar a febre, lavou louça há pouco tempo, por exemplo, sua mão estará mais fria e a testa do paciente parecerá mais quente do que realmente está. Da mesma forma, a mão quente não vai conseguir perceber o calor de uma pessoa que realmente esteja com febre.

É bom dar bastante líquido para uma pessoa com febre.

Verdade: a elevação da temperatura corporal acelera a desidratação, pois pode provocar suor excessivo. Por isso, é muito importante manter o paciente hidratado com água, chás e sucos naturais.

Porém, o ato de oferecer líquidos não irá reduzir a temperatura por si só, como muitas vezes se acredita.

A febre nem sempre índica uma doença grave.

Verdade: realmente existem doenças perigosas, como várias infecções graves, que causam febre alta, mas isso não é uma regra. A pneumonia, por exemplo, pode desencadear apenas um quadro febril leve.

Por outro lado, algumas crianças têm tendência a apresentar temperaturas altíssimas diante de condições simples. O que importa mesmo é o estado geral do paciente, não apenas a temperatura em si.

Passar álcool no corpo e dar banho gelado ajuda a aliviar a febre.

Mito: além de serem costumes perigosos, o álcool evapora facilmente da superfície corporal, o que dá uma sensação de resfriamento na pele – assim como um banho frio.Contudo, o organismo pode entender que a pessoa sofreu uma queda de temperatura muito brusca e compensará isso aumentando ainda mais a febre. Além disso, o álcool pode intoxicar crianças pequenas.

Nem sempre deve-se usar antitérmicos para baixar a febre.

Verdade: quando um paciente está com febre, o objetivo deve ser tratar a causa dessa elevação da temperatura e não apenas tentar suprimir esse sintoma. Inclusive, é muito importante observar se existe um padrão na febre, por exemplo, se ela manifesta sempre no mesmo horário. Além disso, medicar a febre pode acabar mascarando a doença que está por trás dela.

Por outro lado, principalmente no caso das crianças, a febre deixa os pacientes sonolentos, indispostos e sem apetite, podendo até mesmo dificultar a avaliação médica. Dessa forma, o uso dos antitérmicos pode ser válido para melhorar o conforto e o bem-estar do paciente.

A febre pode ser benigna

Verdade: A febre é um processo natural do nosso organismo que o deixa em estado de prontidão e ajuda a lutar contra as infecções. Esse aumento da temperatura aumenta a produção das células de defesa, reforçando o combate a vírus e bactérias. Isto não significa que você deve evitar totalmente a medicação e deixar uma criança ficar desidratada, indisposta e sem apetite, mas sim observar suas reações para avaliar melhor a febre e poder relatar o problema ao médico, se necessárias.

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